Melício
escultor
Nasceu em 1957, Lobito, Angola, reside em Lisboa desde os 9 anos de idade. Viveu e teve atelier no
Bairro
do Pigalle em Paris, tendo passado longos períodos de criação, estudo e convívio em Milão, Hanôver,
Moscovo
e Madrid. Fundador com outros prestigiados homens da cultura, das Escolas Artísticas “Pontos de
Cultura” no
Brasil, a convite do Professor Alípio de Freitas, existindo cerca de 3.000. Trabalhou com o
prestigiado escultor
Cardenas restaurador do Brooklyn Museum em New York. Realizou mais de duas centenas de exposições
nacionais e
internacionais, tendo aí sido atribuído vários prémios. Realizador de cinema de animação, no canal
televisivo SIC.
Curador de exposição lusófonas de artes plásticas na UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua
Portuguesa).
A sua obra plástica reparte-se por várias modalidades. Quando jovem, durante a ditadura
governamental em Portugal,
dedicou-se á pintura realista com murais pintados na via pública, retratando a luta de classes e o
colonialismo.
Do barro, gesso, desenho e da pintura transita para as artes do fogo, sem descurar a insistência em
que as primeiras
disciplinas o envolvem. O seu olhar único sobre a cerâmica, designadamente azulejos modernos, como
uma grande corrente
artística.
Desenvolveu maquetes e design de objectos, grafismo, relojoaria, vestuário e automóveis onde
colaborou com o projectista
e técnico superior da Direcção Geral de Viação o Eng. António José Gonçalves no projecto do Citroen
AX GT / AX Sport Cabrio
BB e no Todo o Terreno Nissan Patrol Cabrio. Em Itália, trabalhou no atelier da ICS onde desenhou
embalagens e outros objectos.
Tendo sido premiado por duas vezes.
Restaurador de estuques decorativos, fresco, estatuária de arte sacra e do vitrinismo, na
arquitectura de palácios e Igrejas.
O HÍPER REALISMO (tamanho real da figura humana) é a sua criação praticamente em exclusivo,
destacando-se as esculturas em
fundição a bronze e resina, é um dos poucos artistas a nível mundial que faz parte desta corrente
artística. No desenho em tela,
trabalha o pastel seco, carvão e grafite. Esculpiu variadas classes de rigidez de pedras, nos anos
70 e 80 no seu atelier na Vila
de Sintra, onde produziu dezenas de peças de escultura e iluminarias de interiores, fazendo uso de
maquinaria industrial e manual.
Em 1977 colaborou na ex Direcção Geral de Divulgação, em cultura. Decorou os standes de automóveis
todo o terreno Land Rover, em
Lisboa. Ilustrador do jornal “Diário de Notícias.
Nos anos 70 fez parte da equipa técnica do projecto paisagístico do “Corredor Verde do Parque
Monsanto “em Lisboa, coordenada pelo
Comendador Professor Doutor Arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles. Assessor no Município de Lisboa, onde
trabalhou na Divisão de Bibliotecas
Municipais como coordenador na área do ensino das artes.
Coordenador cultural e guia na Junta de Freguesia de S. João de Deus em Lisboa, de 1994 a 2013.
Tendo assumido ao longo dos anos, funções
de docência no domínio da escultura, cerâmica e desenho desde o ensino primário ao universitário,
onde muitos dos seus alunos são hoje
artistas. Convidado, pela prestigiada e bicentenária instituição pedagógica Casa Pia de Lisboa, para
professor na escola Maria Pia, cuja
vocação de ensino é as Artes. Fundou em 1994 vários ateliês/escola de ensino artístico para crianças
e adultos, em vários locais da cidade
com o apoio do Município de Lisboa, nos projectos contra a toxicodependência e pela cultura nas
freguesias, tendo como base a filosofia de
ensino livre do pedagogo Inglês A. S. NEILL, fundador da Escola SUMMERHILL, lendária como bastião da
liberdade no ensino e respeito á criança
e adultos. Orientador de visitas de estudo culturais, tendo já sido realizadas cerca de 8 centenas.
Na Camara Municipal de Lisboa, no mandato do Dr. João Soares fui assessor no pelouro da Cultura da
Vereadora Professora Maria Calado, no mandato
do Dr. Santana Lopes, a minha assessoria foi prolongada pela vereadora da Cultura Dra. Maria Manuel
Pinto Barbosa e no mandato do Prof. Carmona
Rodrigues a assessoria também foi prolongada pelo Vereador da Cultura Dr. José Manuel Lopes, foram
10 anos de iniciativas culturais na Divisão
de Bibliotecas Municipais tais como: Biblioteca Museu Republica e Resistência, Biblioteca Camões e
Biblioteca David Mourão Ferreira. Fundou e
dinamizou o Departamento de Cultura, na Junta de Freguesia de São João de Deus na altura do
Presidente Dr. Rui Pessanha da Silva e mais tarde
já como Freguesia do Areeiro com Presidente o Sr. Fernando Braamcamp, onde trabalhou 23 anos.
Com muitas obras dispersas pelo espaço público de vilas e cidades em Portugal, como: Póvoa do
Lanhoso, Celorico da Beira, Guarda, Covilhã,
Castelo Branco, Monchique, Cascais, Loures, Amadora, Portimão, Vila Franca de Xira, Óbidos, Moita,
Alcochete, Vidigueira, Sintra. Em Lisboa é
autor de uma tela com 3,15m2 no café “ A Brasileira “ do Chiado. Os conjuntos escultóricos
hiper-realista, fundidos a bronze “ A Família “ no
Jardim Fernando Pessa, da Assembleia Municipal, e as “ Brincadeiras de Crianças “ no Parque
Monsanto. O monumento de cerâmica, suspenso em
arcos metálicos, dedicado à Vida e Obra da Rainha Santa Isabel e Rei D. Dinis, com texto histórico
de autoria da poetisa Piedade Almeida,
frente ao edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos, Escola Nuno Gonçalves mural sobre a “matemática
moderna” (1968), Banco Comercial Português
BCP. Polícia Judiciária, Polícia de Segurança Pública, Embaixada de Angola, Casa do Banho, Alliance
Française, Museu Antoniano. Obras na Rússia,
Espanha, Itália, Roménia, Alemanha, França, Líbia, Palestina, Brasil, México, Cuba, USA e Iraque. Em
2004 foi seleccionado pela administração do
Metropolitano de Lisboa, para a decoração de uma das suas estações. Os seus trabalhos, fazem parte
de collecções em muitos países do mundo. Citado
em dezenas de livros de arte e o seu trabalho tem sido matéria para aulas de história de arte, teses
de Mestrados e Doutoramentos, para muitos
estudantes de variados países, incluindo Portugal. Atualmente trabalha como técnico superior de
restauro, no Instituto Superior de Agronomia.